Depois de algum tempo sem postar algo de minha própria autoria, resolvi começar registrando a causa de tantos pensamentos rodeando meus neurônios.
É incrível como as experiências que vivemos podem nos causar grandes impactos e mudança de vida; e a minha vida foi muito impactada com a viagem que fiz à Curitiba e à Colônia Witmarsum, no Paraná.
O que era apenas uma viagem para matar a saudades de grandes amigos se tornou um divisor de águas em minha existência. A cidade de Curitiba é muito bonita, com parques maravilhosos onde realmente se pode contemplar as maravilhas da natureza, com civilidade.
Nos locais que visitei (Tanguá, Unilivre, Tingüi, Bosque do Alemão), não havia grade de proteção alguma ao redor dos parques: o perímetro estava sempre totalmente aberto, fazendo-lhe um insistente convite a uma visita. Os jardins são impecavelmente cultivados, com flores multicoloridas que, ao passar o vento, parecem acenar para você.
Ao visitar a Colônia de Witmarsum (em Palmeira - PR), me identifiquei não somente com a vibrante cultura européia do local, mas também com a alegria de viver, hospitalidade e carinho de seus habitantes. Os laços da origem germânica, a mesma declaração de fé e o imenso amor e carinho com que me receberam, transformaram para sempre este pequeno coração.
Repito minha frase lançada no orkut: "Não sou mais uma alienígena!". Sim, alienígena sim!
Esta foi a denifição que encontrei para mim no decorrer da infância e adolescência, porque eu sempre era "a diferente". Talvez pela educação germânica, pela criação religiosa, ou pelas responsabilidades cedo adquiridas - fato é, que sempre fui a garota "anti-panelinha" (aquela que se dá bem com todos, sem pertencer a nenhuma panela).
Sempre de coração aberto, foram raras as pessoas com as quais me identifiquei. Por sorte, as poucas que encontrei, permanecem trilhando o caminho da vida junto comigo. Quase nunca estamos fisicamente próximos, mas sempre em contato e nutrindo esta linda amizade que desafia a distância, quebra barreiras, administra as saudades ...
Confesso que ainda estou digerindo muitas experiências e sensações vivenciadas neste período, e ainda não sou capaz de traduzi-las em palavras para compartilhar aqui.
Creio que este momento chegará em breve!
Burzel,
Evelyn
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